quinta-feira, 18 de junho de 2015

Uma pensata a respeito da relação entre guerra e capitalismo

Hoje, na coluna AJP na Universidade, disponibilizamos uma “pensata” a respeito do que significa, em última instância, o modo de produção capitalista. O texto da paulista Verônica Costa de Albuquerque foi produzido originalmente para a disciplina de “Teorias Críticas do Direito e Assessoria Jurídica Popular”, da Especialização em Direitos Sociais do Campo da UFG, na Cidade de Goiás.

***

Capitalismo é guerra

Verônica Costa de Albuquerque
estudante da Turma de Especialização em Direitos Sociais do Campo - Residência Agrária (UFG) 

Guerras, elas acontecem há milênios. As primeiras guerras datam de antigas eras, como as guerras púnicas, depois, novas guerras no tempo dos povos egípcios e antigos romanos.

Ocorre que, nos vários sistemas societários, há sempre os mandatários, aqueles que decidem o destino de todo um povo, estes têm em suas mãos o poder e em nome desse poder decidem sobre a vida e morte de todo um povo. Mas têm em suas mãos o poder de ceifar a vida de milhões de pessoas humanas? Em nome de que e para quê?


Kal Marx conceituava essa sede desumana e sanguinária de tirar milhares de vidas inocentes e acumular capital à custa da exploração da força de trabalho de imperialismo; Rosa Luxemburgo já denominou de capitalismo; no Brasil, Darci Ribeiro chamou isso de máquina de moer gente, quando desenvolveu seus estudos sobre a formação do povo brasileiro e sua história sobre os sistemas vigentes no Brasil, a partir dos primórdios do processo de colonização. O fato é que todas estas nomenclaturas têm em comum um objetivo: o domínio da terra, território, suas riquezas naturais e da própria sociedade dos povos e extermínio de culturas, em diferentes formações societárias.

A forma mais usada para exercer este domínio é chamada de guerra, outros dizem conflitos. O que sempre resulta, de uma forma ou outra, no extermínio da vida humana, da vegetação, dos animais e suas diversidades e até deles próprios, os que dominam. Eles estão na condição de humanos, porém, fica sempre a pergunta ao final, que força é esta que se move sempre rumo à destruição de toda humanidade e do próprio planeta que é sua casa, seu hábitat natural?

Nenhum comentário:

Postar um comentário