terça-feira, 12 de julho de 2011

poética feminista

por Diana Melo

Frida Kahlo
Estou farta do direito comedido

Do direito bem comportado
Do direito magistrado,
católico,
com manifestações de apreço ao Bispo de Guarulhos
e à sua estúpida fala sobre vaginas e canetas

Do direito que pára 

e vai averiguar o significado que dá a cartilha do conservadorismo
 


De resto não é Direito
Será tabela matemática, espartilho positivista que se coloca como letra fria



Que entra como um punhal na carne de minhas companheiras... e as recorta
Cem formas com modelos para mulheres honestas para agradar a moral e os bons costumes


Quero antes o Direito das Madalenas
O Direito das mulheres que dançam, riem e trepam
O Direito feito no meio do amor orgasticamente
Não quero mais saber do Direito que não é libertação

Marcha das Vadias - Brasília

Um comentário:

  1. Che bellezza Diana!
    Poesia Libertária, de uma pessoa Libertária!
    (não quero saber mais do direito que não é libertação)
    Tua Poesia verte, brota, explode e me faz gozar!


    (havia postado um comentário aqui, mas algo deu errado....)

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