terça-feira, 28 de setembro de 2010

Campanha contra a "nova" criminalização dos saberes tradicionais

Inicio agora uma campanha para repudiar os atos de criminalização "via Tv Globo" dos saberes tradicionais no uso de ervas e medicamentos populares.
A campanha tem como alvo o "Doutor" Drauzio Varela, que vem sistematicamente, ao longo dos últimos domingos, num quadro do Fantástico, ridicularizando saberes tradicionais por não possuirem "pedigree" atestado pelo saber médico científico ocidental.
Diversos sujeitos já foram alvo de suas críticas, sempre direcionadas para hegemonizar o saber-poder científico como única forma de legitimar saberes médicos tradicionais que já são praticados a décadas, por vezes séculos, entre diferentes povos e comunidades, sobretudo na Amazônia.
Por isso, essa campanha pretende dar um basta as incursões etnocentricas do "Doutor" Drauzio Varela, para dizer que os saberes relativos às medicinas tradicionais não precisam ser submetidos a nenhuma comprovação científica para continuarem a ter aplicação e eficácia sociocultural.
Passe essa campanha à frente e adicione novos comentários!
Vamos impedir com que, mais uma vez, ocorra outra criminalização dos saberes e sujeitos pertencentes a povos tradicionais.

2 comentários:

  1. A grande burrice deste Dr. Bráulio Varicela é que ignora a Ciência. Não só os medicamentos fitoterápicos têm ampla incursão nos estudos científicos, como a maior parte deles foi absorvida pela indústria farmacêutica com a extração das respectivas substâncias ativas. O deplorável nível científico do Brasil não permite conhecer este manancial de cura quase gratuito, e tampouco impede que milhares de empresas estrangeiras venham até aqui e patenteiem remédios feitos com nossas plantas. Dr. Varicela é contra a medicina tradicional e contra a ciência, e passará o resto de seus dias receitando paracetamol com guaraná aos seus pacientes.

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  2. Discordo do Assis. O rigor de nossas instituições exige o estudo minucioso dos compostos ingeridos pela população. Se não para coibí-los da automedicação, que pode ser muito daninha, ao menos para certificar à Luz da Ciência e da Razão a suposta eficácia de tais drogas. Considerando, ainda, que muitos povos florestais e interioranos têm grande poder mental (vulgo fé) envolvido na administração de chás naturais, o que os transforma em verdadeiros placebos que curam mesmo que não contenham substâncias curativas. No caso do homem urbano, cético e receoso, a Ciência cumpre o seu papel de trazer certezas que possibilitem a medicação segura sem os enganosos artifícios da mente.

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