quinta-feira, 15 de julho de 2010

Ato de Imbituba: as comunidades tradicionais contra o capital



Dando continuidade às informações veiculadas aqui no blogue, abrimos espaço para que o movimento dos agricultores de Imbituba, comunidade tradicional dos areais catarinenses, divulguem suas atividades em prol de sua luta pela terra e pela preservação de seu modo de vida, evidente contraposição ao modo de vida capitalista.

A seguir, o relato da manifestação dos agricultores no meio urbano de Imbituba:


Nesta segunda-feira em Imbituba, Sul de Santa catarina um ato público chamado pela ACORDI (Associação Comunitária Rural de Imbituba) reuniu em passeata pelos bairros e centro da cidade dezenas de pessoas, representando os movimentos sociais, sindicatos, membros de universidades, agricultores e populares da região em defesa dos agricultores ameaçados de despejo por uma ordem judicial.


Carregando faixas e protestando com discursos e palavras de ordem o ato atravessou a cidade e teve por finalidade principal esclarecer a comunidade local, estadual e nacional, com respeito aos fatos que vêm ocorrendo com os agricultores dos Areais da Ribanceira, uma área de 290 hectares, contestada na justiça por interesses daqueles que detêm o poder econômico e político na região e que através de manobras legais e ilegais, ameaçam a existencia destes pequenos agricultores, que ocupam as terras há muito tempo e dela tiram sua subsistência baseada principalmente no cultivo e beneficiamento da mandioca.

A manifestação parou em frente aos principais órgãos públicos da cidade de Imbituba, prefeitura, câmara dos vereadores, Fórum da comarca e os manifestantes distribuíram um jornal editado pela ACORDI. Os representantes das diversas entidades presentes ao ato discursaram, manifestando apoio, esclarecendo os fatos e pedindo o apoio da população e das autoridades constituídas, buscando reverter a ameaça de despejo.

Antes do final da manifestação foi decidido por todos que a vigília e a resistência continuarão. Um momento que emocionou a todos os presentes foi quando Altair Lavratti, membro da direção estadual do MST, saudou com palavras de ordem o nascimento do pequeno Davi, filho de Marlene Borges, presidente da ACORDI, presa no início do ano já gravida enquanto organizava os agricultores da associação. Davi nasceu em uma maternidade da região na última sexta-feira, 9 de julho. Já nasceu vencendo uma gravidez de risco e os riscos de uma prisão ilegítima e violenta. Coseguirá o Davi ajudar a vencer esta luta contra o Golias do poder econômico e político que ameaça esta comunidade tradicional e toda a região?





Para mais informações, acompanhe o blogue: Imbituba Urgente.

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